Acordei com a luz do sol entrando pelas cortinas e aquecendo meu rosto. Hoje era o dia. Meu aniversário de 15 anos. N?o sei por que, mas algo dentro de mim dizia que seria especial. Pulei da cama com um misto de anima??o e nervosismo.
Desci as escadas e fui recebido pelo cheiro familiar de panquecas. Minha m?e estava na cozinha, cantarolando enquanto preparava o café. Meu pai, sentado à mesa, olhou para mim com um sorriso.
“Parabéns, campe?o!” ele disse, bagun?ando meu cabelo.
“Valeu, pai!” respondi, rindo.
O dia parecia comum até aquele momento. Sentamos para tomar café, mas percebi que meus pais trocavam olhares como se estivessem escondendo algo.
“O que foi?” perguntei, desconfiado.
Minha m?e limpou as m?os no avental e sorriu.
“Por que n?o vai dar uma olhada no celeiro? Temos uma surpresa para você.”
Meus olhos se arregalaram. Surpresa? Celeiro? Nem terminei de comer e já estava correndo para fora. Quando cheguei, empurrei a porta pesada e me deparei com uma vis?o que me deixou sem palavras.
No centro do celeiro, iluminado por um feixe de luz que passava pelo teto, estava um **Ponyta de Galar**. Sua crina brilhava em tons de lilás e azul, quase como se estivesse cintilando. Ele levantou a cabe?a e me olhou com aqueles olhos grandes e expressivos.
“Ele é seu, Victor.” ouvi meu pai dizer atrás de mim.
“Meu?” perguntei, com a voz trêmula.
“Sim. Feliz aniversário.” minha m?e completou, colocando a m?o no meu ombro.
Aproximei-me devagar. Meu cora??o batia rápido, mas n?o de medo, e sim de emo??o. Quando estendi a m?o, o Ponyta deu um passo à frente e encostou o focinho nela. Senti algo... diferente. Era como se uma onda de calma e alegria passasse entre nós, um entendimento que ia além das palavras.
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"Você é incrível," murmurei, acariciando sua crina macia.
Ele relinchou baixo, e eu juro que pude sentir algo como um “obrigado”. Era estranho, mas parecia que, de alguma forma, entendíamos os sentimentos um do outro. N?o em palavras, mas em emo??es.
Mais tarde naquele dia, enquanto eu e meu novo parceiro descansávamos na sombra de uma árvore, comecei a tra?ar meu plano de viagem.
“Bom, galera,” disse em voz alta, olhando para Ponyta, e também para Diana, que tinha aparecido para me parabenizar. “Meu plano é simples: vamos para Kanto.”
Diana levantou uma sobrancelha.
“Kanto? Por que lá?”
“é onde está meu próximo parceiro. Quero come?ar minha jornada capturando alguns Pokémon específicos, formar meu time e só ent?o entrar no circuito das ligas.”
Ela sorriu, mas com aquele ar de provoca??o.
“Ah, deixa eu adivinhar. Tauros, Ponyta, Stantler... Pokémon de montaria?”
Revirei os olhos.
“E qual o problema com isso? Quero provar que eles s?o mais do que apenas meios de transporte.”
Ela deu de ombros, ainda rindo.
“Bom, nesse caso, acho que vou com você.”
“Sério?” perguntei, surpreso.
“Sim. N?o vou deixar você sozinho nessa. Além disso, já estava na hora de você ter uma treinadora de verdade ao seu lado.”
Revirei os olhos de novo, mas no fundo, estava feliz. Ter Diana como parceira de viagem seria incrível.
No dia seguinte, acordei cedo para me despedir da minha família. Meus pais estavam no celeiro, ajudando a preparar Ponyta para a viagem. Quando me aproximei, minha m?e me puxou para um abra?o apertado.
“Se cuida, Victor. E me liga sempre, entendeu?”
Meu pai me entregou algo embrulhado em papel de presente.
“Um celular novo. Assim você pode ligar para casa quando quiser.”
“Obrigado, pai. Prometo que vou usar.”
Depois de mais alguns abra?os e conselhos, subi no ?nibus para o aeroporto. Ponyta estava seguro em sua Pokébola (Heal Ball), e Diana, como prometido, estava comigo.
No aeroporto, tudo parecia maior e mais intenso do que eu imaginava. Passei pela seguran?a e encontrei meu port?o de embarque. Quando finalmente entrei no avi?o, sentei-me perto da janela e olhei para fora.
"é isso,"*pensei. "Minha jornada come?ou."
Ponyta parecia sentir minha excita??o, mesmo dentro da Pokébola. Eu podia jurar que sentia seu apoio.
O avi?o decolou, e enquanto olhava pela janela, um mundo de possibilidades se abria diante de mim. Essa jornada seria diferente de tudo. Uma aventura n?o apenas para explorar o mundo, mas também para descobrir quem eu realmente era.