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O Início de uma Jornada Diferente

  Estar no equivalente a uma sala do ensino fundamental era... frustrante. Crian?as eram barulhentas e desajeitadas, sempre transformando algo simples em um evento caótico. Por isso, muitas vezes preferia ficar no campo da escola, cuidando dos Pokémons que usávamos nas aulas.

  Mas, aqui estava eu, sentado na sala de aula, ouvindo o professor falar sobre... Pokémon, matemática e outras matérias. Também tínhamos aulas sobre como sobreviver nas florestas entre as cidades e sobre a cria??o de Pokémon, afinal, muitos saíam para suas jornadas bem cedo. Claro, a maioria voltava nos primeiros dias de jornada ao perceber o qu?o perigoso e complicado aquilo era. Uma ocorrência bem comum até era você olhar para a rua à noite e ver os recém-iluminados pela descoberta chorando e correndo para suas casas. Era até engra?ado.

  Mais tarde, naquele mesmo dia, depois das aulas e das discuss?es intermináveis, fui atingido por algo completamente inesperado. Estava deitado na minha cama, relaxando, quando uma dor de cabe?a súbita e excruciante me atingiu. Era diferente de qualquer coisa que eu já tinha sentido antes. Parecia que minha cabe?a estava prestes a explodir, como se algo estivesse for?ando o caminho para dentro do meu cérebro.

  Pressionei o rosto contra o travesseiro para abafar os solu?os e os gritos enquanto a dor pulsava. Parecia que durava uma eternidade, mas, quando finalmente come?ou a diminuir, algo estranho aconteceu. Minha mente come?ou a se preencher com... memórias. N?o eram só lembran?as de coisas que vivi, mas algo totalmente diferente. Lugares, pessoas, ideias que eu n?o reconhecia. Era como se eu tivesse vivido outra vida inteira, mas as memórias estavam misturadas, confusas, como um déjà vu mal resolvido.

  Pokémon eram apenas jogos. Algo que existia apenas em telas e na imagina??o das pessoas. Treinadores, batalhas, aventuras... tudo era apenas fic??o. Mas, agora, essas lembran?as estavam aqui, coexistindo com a realidade. N?o sabia o que isso significava, mas tinha certeza de uma coisa: nada mais seria igual. Minha jornada no mundo Pokémon estava apenas come?ando, mas talvez, só talvez, eu tivesse uma vantagem.

  Após me recuperar desse repentino ataque mental e do pequeno ataque de panico, ouvi uma voz.

  "Victor, pare de ficar distraído. Vai cuidar do Tauros!"

  Levantei a cabe?a, percebendo que Maya estava me chamando. A minha m?e. Nos mudamos recentemente para o que foi dito ser o nosso rancho final. Passei minha infancia quase inteira me mudando de regi?o em regi?o... Bom, era o pre?o do progresso, eu acho. Meus pais decidiram criar um rancho de Pokémon de montaria: Tauros, Gogoat, etc.

  A propósito, meu nome é Victor Stride, e eu gosto bastante de cuidar deles. Dar carinho, escovar, dar banho, brincar e, de vez em quando, ensinar um movimento novo. Sempre tive essa fascina??o por esses tipos de Pokémon. Uma pena que eles quase n?o eram usados nas batalhas, com as pessoas muitas vezes os recusando, até por já terem um Pokémon que pode voar ou nadar por aí, sem nem mesmo ver o potencial que eles têm. Mas, no futuro, meu plano é mudar isso. Quero provar que esses belos e majestosos Pokémon n?o servem apenas para serem montados e te levar para cima e para baixo por aí. Quero provar que eles podem ser poderosos combatentes também.

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  Quero fazer a minha primeira jornada de uma forma totalmente diferente dos outros. Vou apenas focar em encontrar meus futuros parceiros de vitória e, só depois, vou pensar em entrar no circuito da Liga Pokémon. Bom, isso vai ficar para o meu eu do ano que vem, pois ainda preciso planejar essa jornada.

  Enquanto navegava pela internet, descobri várias espécies que chamaram a minha aten??o, como: Ponytas, Stantlers e, claro, os queridos Tauros do rancho. Uma das raz?es para essa jornada ser t?o importante para mim é justamente descobrir espécies de Pokémon que nunca vi antes. Acho que isso tem algo a ver com os flashes de memória que ganhei após aquela terrível dor de cabe?a. Elas parecem ser de alguém que, aparentemente, cuidava de algo chamado “Animais”, mais precisamente um chamado “Cavalo”, com aparência bem próxima a de um Rapidash.

  é um sentimento estranho quando tento focar nessas memórias, pois elas parecem t?o desconexas. Mas, de repente, elas mudam para os Pokémon e modos de treiná-los, e, ent?o, voltam para esse mundo onde Pokémon n?o existem. Cada vez que tento ir mais fundo, tentando fazer essas memórias fazerem sentido, sinto minha cabe?a doer novamente, como se ela estivesse dando um nó.

  Bom, pelo menos agora tenho um norte de onde essa paix?o por esses pokémons vem, né? Sempre senti como se algo estivesse faltando, mas agora me sinto um pouco mais completo.

  Após esse longo e cansativo dia, me encontro novamente indo para a escola, onde encontro minha amiga, a única que n?o pega tanto no meu pé por causa do meu gosto por pokémons. Bom, pelo menos n?o tanto quanto os outros.

  "Ah, Victor, já estava achando que você n?o ia aparecer hoje!" ela fala, acenando para mim enquanto se aproxima.

  "Bom dia, Diana! Dormi igual uma pedra ontem, quase n?o acordei a tempo hoje", eu respondo.

  "Por que isso? O que te fez ficar t?o cansado ontem?" ela pergunta, curiosa.

  "Tive uma dor de cabe?a terrível quando cheguei da escola ontem. E um dos Tauros decidiu que ontem era o melhor dia para sair correndo sem rumo pelo rancho todo, o que deixou os trabalhos 1000% mais difíceis", eu digo, claro, omitindo a parte das memórias.

  "Entendi. Mas ent?o, já tem algum plano em mente para o ano que vem? Afinal, é o ano em que poderemos iniciar nossas jornadas", ela pergunta, parecendo bem empolgada com a ideia.

  "Tenho algo em mente, mas ainda precisa de muito mais reflex?o", eu respondo para ela.

  "Eu pensei um pouco, mas também n?o tenho nada definido ainda. Ent?o, o que você pensou?", ela pergunta, curiosa.

  "Quero focar nessa primeira parte da jornada em apenas conseguir meus pokémons e, só depois, come?ar a entrar nas ligas", eu explico.

  "Deixa eu adivinhar... Esses pokémons seriam considerados 'montarias', né?" ela diz, com um tom de provoca??o amistosa.

  "Mas é claro que sim", eu respondo.

  "Eu pensei que você faria algo assim", ela diz, rindo.

  E assim nós continuamos com o resto do ano até chegar o t?o aguardado “Ano que Vem” .

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