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O julgamento do caos

  Capítulo 8: O Julgamento do Caos

  A vila dormia. O silêncio reinava nas sombras das casas de madeira, um silêncio pesado, sufocante. No centro da aldeia, a estátua do Kami se erguia, esculpida com um olhar sereno, quase zombeteiro.

  Mas naquela noite, o julgamento chegaria.

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  Cena 1: A Primeira Lamina

  King caminhava pelas ruas, os olhos brilhando como estrelas no breu da noite. Seu corpo pulsava com energia sombria, as sombras ao seu redor se contorcendo como serpentes. Ele sentia o peso da maldi??o do Kami queimando em sua alma, mas já n?o havia dor—só um vazio crescente.

  Ele ergueu a m?o, e o mundo respondeu.

  As sombras se ergueram como lan?as vivas, perfurando os corpos dos primeiros alde?es sem que eles sequer tivessem tempo de gritar. O sangue espirrou no ch?o, tingindo a terra de vermelho.

  King D. Kaiser (voz baixa, cruel):

  "O Kami criou um dem?nio... Agora, ele verá o que acontece quando brinca com a coisa errada."

  O cheiro de morte se espalhou rapidamente.

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  Cena 2: O Massacre

  Os guerreiros da vila finalmente despertaram para o caos. Homens armados surgiram das casas, tentando se organizar para defender o que restava.

  Mas contra King, n?o existia defesa.

  Ele avan?ou como um furac?o de sombras e destrui??o. O ch?o rachou sob seus pés, e espinhos negros explodiram da terra, empalando aqueles que tentavam resistir.

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  Os gritos ecoaram na noite.

  Um alde?o correu, tentando escapar—King puxou seu corpo pelas sombras e esmagou sua garganta com um único aperto. Outro avan?ou contra ele, espada em m?os—King desviou sem esfor?o, agarrou a lamina com os dedos e a cravou fundo no peito do homem.

  Cada movimento era calculado, perfeito. Ele dan?ava entre os corpos como uma sombra viva, um espectro da morte.

  Seus olhos brilhavam. Ele n?o sentia remorso.

  Apenas o êxtase da destrui??o.

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  Cena 3: O último Guerreiro

  No meio da chacina, restava apenas um homem.

  Um guerreiro velho, de olhos cansados pela guerra, mas ainda firmes diante da morte. Ele se colocou no caminho de King, sabendo que n?o teria chance.

  Velho Guerreiro (voz firme, sem hesita??o):

  "O que você é?"

  King parou. Um silêncio pesado caiu entre os dois.

  King D. Kaiser (voz sombria):

  "Eu sou aquele que rasgará os céus. Sou o caos que o Kami tentou prender. Eu sou a última coisa que você verá nesta vida."

  O velho inspirou fundo, aceitando seu destino.

  As sombras se moveram.

  Em um piscar de olhos, o guerreiro foi despeda?ado.

  King se virou, ignorando o sangue que escorria de sua pele.

  A vila estava em ruínas. Casas queimavam, corpos jaziam espalhados pelo ch?o, o cheiro de morte impregnava o ar.

  Mas ent?o, no meio da destrui??o...

  Ele a viu.

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  Cena 4: A Garota dos Cabelos de Neve

  Ela estava caída no ch?o, desmaiada.

  Seus cabelos eram brancos como a neve, t?o belos e puros que pareciam pertencer a outro mundo. Seu rosto era delicado, frágil, quase intocado pelo caos ao seu redor.

  King se aproximou lentamente, seus olhos analisando cada detalhe.

  Ela respirava. Ainda viva.

  King D. Kaiser (sussurrando para si mesmo):

  "Quem diabos é você...?"

  Ele ficou ali, parado, olhando para ela. Algo dentro dele gritou, mas ele ignorou.

  N?o havia tempo para dúvidas. N?o havia espa?o para sentimentos.

  Apenas para a

  destrui??o.

  E assim, o rei das sombras continuou sua jornada, carregando o peso do caos consigo.

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  Cena 5 : O Refúgio nas Sombras

  O fogo ainda consumia os restos da vila. O cheiro de cinzas e sangue se misturava no ar, enquanto King caminhava lentamente entre os destro?os, segurando a garota de cabelos brancos nos bra?os.

  Ela estava leve. Pequena. Frágil.

  Mas, por algum motivo, ele n?o a deixou para trás.

  As sombras rastejavam ao seu redor, sussurrando como se perguntassem “Por quê?”. Mas ele ignorou. Sua mente ainda estava tomada pela fúria, mas seus pés se moviam instintivamente, levando-o para longe do massacre que ele havia causado.

  Uma caverna.

  Escura. Silenciosa. Longe de tudo.

  Ele entrou, sentindo o ar gelado tocar sua pele. O interior era amplo o suficiente para protegê-los do vento e da chuva.

  Com cuidado, ele colocou a garota sobre um amontoado de feno seco.

  Ela ainda respirava, mas sua pele estava fria.

  King D. Kaiser (baixinho, para si mesmo):

  "Tsc... O que eu t? fazendo?"

  Ele nunca se importou com ninguém. N?o desse jeito.

  Mas, mesmo assim, pegou um pouco de lenha e fez uma fogueira.

  As chamas dan?aram na escurid?o, iluminando o rosto adormecido da garota.

  King se sentou do outro lado da caverna, observando-a.

  Aquela vis?o parecia errada. Depois de tudo que ele fez... depois de toda a destrui??o... por que ela estava ali?

  O silêncio reinava. Apenas o estalo da fogueira preenchia o espa?o.

  Seus olhos se fecharam por um momento.

  Ele n?o dormia.

  Ele nunca dormia.

  Mas, por alguma raz?o, naquela noite... ele ficou ali. Esperando. Observando.

  E, pela primeira vez desde que chegou a esse mundo, a escurid?o dentro dele ficou um pouco menos densa.

  Talvez... só por um instante.

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