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Capítulo 137: Yuta meu filho!

  Kay pousou sobre a muralha, onde os soldados o aguardavam com express?es tensas. Assim que seus pés tocaram o ch?o, o mini-ghoul voou para a dire??o de Ravena, cumprindo sua ordem silenciosa.

  — Acabou? — perguntou Thais, quase sem acreditar.

  — Sim. Um Monarca está morto. — respondeu Kay, sua voz carregada de certeza.

  — Você... consegue nos entender agora? — Thais insistiu, estreitando os olhos.

  Kay sorriu, passando a m?o pela nuca.

  — Sim. Parece que recuperei o conhecimento do idioma humano novamente. Só preciso dormir um pouco, e acredito que outras partes da minha memória também voltar?o.

  — Tudo bem, mas... antes disso, vai lavar essa boca! Ainda tem sangue. — disse Mira, franzindo o nariz.

  Kay virou-se para ela, um sorriso genuíno se formando em seu rosto.

  — Mira. — Ele disse seu nome com ternura, como se fosse algo precioso.

  — E escove os dentes também! — acrescentou ela, balan?ando a cabe?a.

  — Farei isso, mas antes... — Kay deu um passo à frente, aproximando-se dela.

  — O que foi? Nem pense em se aproximar com essa boca suja! — Mira levantou a m?o em um gesto de aviso, mas n?o foi o suficiente para afastá-lo.

  Kay a envolveu em um abra?o firme, transmitindo um calor estranho que percorreu o corpo dela.

  — Isso é... — Mira come?ou, mas sua voz falhou.

  — Você ainda vai se lembrar... — disse Kay, com um tom enigmático. — Mas agora eu sei o que aconteceu naquele dia.

  Mira sentiu o peito apertar.

  — Entendi. — Ela hesitou por um instante antes de perguntar: — Ent?o foi aquele coelho que...

  — Sim. — Kay a interrompeu, rindo baixinho. — Foi aquele coelho que me transformou. Parece que o ghoul estava desesperado o suficiente para usar o coelho como hospedeiro. Ainda bem que você saiu correndo naquela vez.

  — Você está bem? — perguntou Mira, preocupada, segurando o rosto dele com as m?os.

  — Sim. Quero ver nosso filho... mas antes, preciso dormir um pouco para absorver o que resta da energia. — respondeu Kay, fechando os olhos brevemente.

  Mira assentiu, mas logo estreitou os olhos.

  — Tudo bem, mas você vai usar uma máscara. N?o quero que você assuste os civis na base.

  Kay riu suavemente antes de virar-se para Lena.

  — Lena, sei que você n?o vai querer me perdoar, mas... pe?o desculpas pelo que fiz.

  Lena cruzou os bra?os, o olhar firme.

  — Eu deveria estar furiosa, mas... também sei que você n?o sabia o que estava fazendo. Eu te perdoo, Kay. Vou dizer às famílias que foi um ghoul que os matou. Bem-vindo de volta.

  — Obrigado. — Kay abaixou a cabe?a brevemente em sinal de respeito. — Onde posso dormir?

  — No instituto. — disse Aiko.

  — Na base! — respondeu Emilia, ao mesmo tempo.

  Mira suspirou e interveio:

  — Dorme no instituto. E, quando acordar, venha para a base. Vamos estar te esperando lá.

  — Tá. — Kay deu de ombros, mas logo acrescentou com um sorriso: — Aliás, os dois n?o v?o conseguir comer tudo. Dá para fazer alguns trajes com o que sobrar lá.

  — Nós cuidamos disso. — garantiu Aiko.

  Kay segurou a Aiko e manifestou suas asas e partiu em dire??o ao instituto, desaparecendo no horizonte levando ela.

  — Quantos corpos vamos obter? — exclamou Mira, ansiosa, olhando para o horizonte.

  The story has been taken without consent; if you see it on Amazon, report the incident.

  — Eu acho que nenhum! — respondeu Kratos, cruzando os bra?os com um suspiro pesado.

  — Mas... n?o era um exército? — questionou Mira, incrédula, arqueando as sobrancelhas.

  — Era. Mas aí aconteceu de tudo: uma chuva ácida, raios que provavelmente também eram ácidos, um buraco gigantesco que depois se encheu com essa chuva e o veneno de um general. Foi uma verdadeira loucura! — explicou Lena, balan?ando a cabe?a como quem ainda tentava processar o que viu.

  — Se conseguirmos o corpo do Monarca, isso já vale mais do que o exército inteiro! — disse Joana, tentando aliviar o peso da situa??o.

  — Isso se o mini-ghoul e a Ravena n?o comerem tudo antes! — resmungou Mira, revirando os olhos.

  De repente, uma voz familiar interrompeu:

  — N?o se preocupe, n?o comemos tudo! — disse Ravena, surgindo ao lado do mini-ghoul, ambos com passos tranquilos.

  Mira olhou para ela e depois para a barriga da garota, desconfiada.

  — Sobrou o quê? Só ossos? — provocou, estreitando os olhos.

  Ravena riu, levantando as m?os em rendi??o.

  — Eu ainda sou uma garota, sabe? Fico cheia rápido!

  O mini-ghoul riu também, e depois complementou:

  — Ficamos satisfeitos de acordo com o nível do ghoul. Como era um Monarca, comemos bem pouco dele. Só o suficiente para nos fortalecer.

  Mira suspirou aliviada, mas manteve o tom autoritário:

  — Lavel, leve o corpo do Monarca para o instituto. O restante de nós vai voltar para a base.

  O pessoal e o mini-ghoul manifestaram suas asas.

  — Vamos logo. Quanto mais cedo voltarmos, melhor. — disse Mira, encarando Ravena, que permanecia parada no lugar, pensativa.

  — Mas agora eu sou... — murmurou Ravena, hesitante.

  — Líder do quinto esquadr?o e uma general de um monarca. Vamos voltar, e eu preciso de uma carona até a base! — interrompeu Mira, estendendo a m?o com um sorriso confiante.

  Ravena sorriu de volta, pegou Mira no colo com firmeza, e as duas al?aram voo.

  Ao chegarem à base, o pátio estava lotado de humanos, todos aguardando ansiosos.

  — Tá tudo bem mesmo? — exclamou Ravena, pousando suavemente.

  — O Kay estava morto... Ent?o vai ser difícil explicar para o pessoal. Mas com você indo na frente, fica mais fácil fazer eles entenderem! — explicou Mira.

  — Entendi! — respondeu Ravena, pousando no centro do pátio, enquanto os olhares se voltavam para ela.

  As pessoas estavam inquietas, murmurando umas com as outras.

  — Bem-vindos de volta! — disse Rem, sorrindo aliviada.

  — Eles sabem pouco ainda, mas Lavel já informou sobre a morte do monarca. — completou o ex-capit?o, aproximando-se.

  — Que tal vir pegar meu netinho? — provocou Rem, rindo levemente ao ver o bebê nos bra?os de Mira.

  — Ei, Ravena, você já pode me descer! — disse Mira, corando de vergonha.

  — Desculpa! — respondeu Ravena, colocando-a no ch?o com cuidado.

  De repente, uma voz emocionada ecoou no pátio:

  — Filha? O que... Por que seu olho está assim? — era a m?e de Ravena, aproximando-se apressada.

  Ravena hesitou por um momento, respirou fundo e respondeu:

  — M?e... Como posso dizer... Eu morri. Mas aí meu namorado apareceu, e agora estou viva de novo. Só que me tornei um ghoul, virei general dele... E agora estou aqui, viva e forte!

  — Pera aí, Ravena. Você... morreu? Eu falei para n?o morrer, n?o falei?! — exclamou sua m?e, indignada.

  — Mas m?e, eu t? viva! — tentou argumentar Ravena.

  — Você morreu antes e agora voltou como ghoul. Quer matar sua m?e do cora??o?! — gritou ela, mais aliviada do que irritada.

  — Desculpa... — murmurou Ravena, abaixando a cabe?a.

  — Que bom que está viva! E esse namorado que você falou... é o mesmo que tinha morrido? — perguntou sua m?e, ainda processando tudo.

  — Parece que ele n?o estava morto. é difícil explicar, mas é ele mesmo. — disse Ravena, co?ando a cabe?a.

  — Como assim "n?o estava morto"? Vocês enterraram ele. Nós vimos isso de perto! — retrucou a m?e, incrédula.

  — Ent?o, mas ele n?o estava morto. é complicado... Ele é um monarca. — explicou Ravena.

  O pátio inteiro ficou em silêncio por um instante.

  — Ravena! — chamaram os soldados, quebrando a tens?o.

  Ravena virou-se para encará-los e notou as express?es confusas e assustadas.

  — O que foi? O mini-ghoul e os outros sabem falar. Eles podem dizer que já foram humanos! — afirmou ela.

  — Isso é verdade? — perguntou Rem, cautelosa.

  — Ghouls devoram humanos para transformar outros em ghoul. Dizer que já fomos humanos está correto, mas... tecnicamente, nunca fomos humanos de verdade. Apenas criados a partir deles. — explicou o mini-ghoul, com sua voz serena.

  — Eles já nascem como ghouls, mas usaram humanos como base. Ent?o dizer que nasceram humanos é errado tecnicamente, mas próximo da verdade. — disse Fernanda, analisando a situa??o.

  — N?o tá ajudando! — resmungou Mira, balan?ando a cabe?a enquanto segurava seu filho.

  O pai de Ravena deu um passo à frente, confuso:

  — Ent?o, só para entender: você é uma general ghoul que foi revivida pelo seu namorado... o Alpha Zero, que agora é um monarca?

  — Acho que n?o era pra ter dito isso... — murmurou o primo de Ravena.

  — Aquele Alpha Zero? Espera... Ele n?o tinha perdido para o monarca e morrido? — exclamou um civil, perplexo.

  Uma voz familiar veio do canto:

  — Quem tá morto? — perguntou Kay, levantando-se tranquilamente.

  Todos se voltaram para ele.

  — Que faixa é essa nos seus olhos? — perguntou Mira, intrigada.

  — Estou fazendo cosplay do Satoru Gojo. Gostou? — brincou Kay, com um sorriso provocador.

  — Tira isso e vem se apresentar! — ordenou Mira, impaciente.

  Kay tirou a faixa, revelando seus olhos afiados, e caminhou até o centro.

  — Que roupas s?o essas? — perguntou Mira novamente, desconfiada.

  — A Aiko conseguiu emprestado de um cientista do instituto. Tomei um banho e vim direto para cá! — explicou Kay, casualmente.

  — N?o ia dormir? — perguntou Mira, franzindo o cenho.

  — Dormi por alguns segundos, mas podemos deixar isso para depois? — disse ele, desviando o assunto.

  — Se apresente logo! — insistiu Mira.

  Kay deu um passo à frente, endireitou a postura e falou com firmeza:

  — Meu nome é Kay. Sou marido da Mira e, para alguns de vocês, também conhecido como Alpha Zero, o ex-líder do quinto esquadr?o. Sempre me vi como humano, mas n?o fazia ideia de que era um ghoul desde a infancia. Isso aconteceu quando, sem saber, comi um ghoul que estava dentro do corpo de um coelho. Naquele dia, quase morri... Mas sobrevivi.

  Ele fez uma pausa, olhando diretamente para a multid?o.

  — Hoje estou aqui na frente de vocês para dizer que sou um monarca. Este país agora está sob meu cuidado. Este é meu território, e garanto que vocês n?o precisar?o mais ter filhos contra suas vontades. Vamos recuperar o que um dia foi dos humanos. Este país agora nos pertence, e juntos podemos restaurá-lo à sua antiga glória.

  Ele ergueu a voz, com um brilho feroz nos olhos:

  — Sou o monarca de vocês, ent?o n?o tenham mais medo! Todos os ghouls neste país foram eliminados. Vocês est?o livres!

  — Podemos voltar para casa? — perguntou uma civil, com lágrimas nos olhos.

  — Sim. Vocês n?o sofrer?o mais com a amea?a de ghouls. — respondeu Kay, com um sorriso.

  O pátio irrompeu em aplausos e lágrimas, enquanto a esperan?a renascia nos cora??es de todos.

  — Eles aceitaram bem fácil! — disse Mira, com um sorriso no rosto.

  — Por que a surpresa? O mini ghoul já vive aqui com vocês! — respondeu Kay, segurando a pequena m?o de seu filho, que estava no colo de Mira.

  — Quer segurar? — perguntou Mira, animada.

  — Ele é t?o pequeno... Eu posso acabar machucando ele! — disse Kay, hesitante.

  — Isso é só no come?o! Ele já está bem fortinho! — insistiu Mira, entregando o bebê para Kay.

  — Eu acho melhor n?o... — respondeu Kay, preocupado, mas era tarde demais.

  — Ele já está nos seus bra?os. — Mira sorriu, satisfeita.

  — Que inveja! E eu aqui achando que ele ia chorar com você também! — brincou Rem, observando a cena.

  De repente, memórias inundaram a mente de Kay, como uma tempestade de emo??es e lembran?as.

  — é você, Rem?! — Kay perguntou, surpreso.

  — Quem mais seria? — respondeu Rem, com um sorriso largo.

  — Essa é...? — Kay olhou curioso para a menina ao lado de Rem.

  — Alice! Minha filha... e sua cunhada! — explicou Rem, cheio de orgulho.

  — Nosso filho tem uma amiguinha! Que bom! — Kay comentou, sorrindo enquanto olhava para a pequena Alice.

  A alegria de Kay era t?o evidente que todos ao redor podiam sentir o calor daquela felicidade.

  "Por que... meu cora??o está acelerando assim?" — pensou Mira, confusa e surpresa com o que sentia.

  De repente, Kay mudou de express?o. Sua determina??o ficou evidente.

  — Eu tenho que fazer algo antes. Segura o nosso filho! — disse ele, entregando o bebê de volta para Mira.

  — Yuta. O nome dele é Yuta. — disse Mira, segurando o bebê com carinho.

  "Yuta... meu filho!" — pensou Kay, enquanto a realidade ainda parecia um sonho para ele.

  Kay segurou as pequenas m?os de Yuta e Alice, e ent?o se levantou.

  — O que você vai fazer? — perguntou Mira, alarmada.

  — Entregar o trono para a verdadeira rainha. — respondeu Kay, firme.

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